segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Jiu Gênese: O começo do jitsu


A mais de 2.500 anos atrás na longínqua Benaris, norte da India, os monges budistas tinham o objetivo de disseminar a sua doutrina, por conta disso, caminhavam por muitos lugares, já que na época não haviam muitos meios de locomoção! Ao caminharem por estradas em suas peregrinações os monges eram constantemente assaltados por ladrões, andarilhos e até soldados. O pouco que levavam consigo era logo tomado a força por esses mal feitores! Os monges eram magros, pequenos e de acordo com a doutrina budista, não podiam usar armas para se defender. Foi quando, cansados de serem alvos destes bandidos, alguns monges se reuniram e levaram essa questão a Pridva Pridvadarzi, que era o sucessor espiritual de Sidharta Gautama (Buda), que já havia falecido. Pridvadarzi, aconselhou os monges a criarem uma maneira de se defenderem apenas usando o corpo, sem qualquer artefato, e que apenas imobilizasse os bandidos; afugentando-os! E ainda completou dizendo que os monges deveriam se inspirar nos movimentos dos animais. Então eles criaram essa luta marcial, que no início da década de 90, ganhou o mundo!



terça-feira, 20 de agosto de 2013

Fora de controle: Marco Ruas vs Lutadora de Muay Thai


No início da década de 90, uma lutadora de Muay Thai apareceu na academia do  Marco Ruas (Ac. Radar) e como ela era uma competidora de bom nível acharam que seria interessante ela fazer um treino com o próprio Marco Ruas. Eles se aqueceram um pouco , fizeram aquele "alongation e estication" e começou o treino. Olha, não deu nem um minuto e a garota acertou um "high kick" (chute alto), bem na cara do Marco Ruas. O Marco ficou loco com aquilo, acho que até mais por ter sido um golpe desferido por uma mulher! Vale lembrar que a vinte e poucos anos atrás, as mulheres, pelo menos no Brasil, não tinham tantas lutadoras como hoje!! A verdade é que o Marco partiu pra cima da garota, pegou ela numa "baiana" levatou com tudo e quando já preparava para jogá-la com tudo, no chão, os alunos, desesperados, começaram a gritar para ele parar e logo tiveram que contê-lo. Bom, ele voltou ao normal deixou ela no chão e depois foi só a garota pegar o seu material e nunca mais passar nem na porta da academia!!




segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Rolls Gracie encara desafio no caratê


Rolls Gracie encara Paulo do Caratê

No ano de 1976,  foi realizado no Ginásio do Clube Olímpico, no Rio de Janeiro, o "Desafio Jiu-Jitsu vs Karatê". A idéia de realizar este evento de desafio entre essas artes marciais partiu do apresentador de um programa de tv e do Prof. Paulo (caratê). Foi o seguinte: O Prof. Helio Gracie foi com o seu filho, Rórion, fazer uma breve demonstração de jiu-jitsu na TV Tupi e alguns dias depois um professor de karatê foi com um aluno seu fazer uma demonstração da sua arte marcial. Ao final da demonstração de caratê o apresentador viu a possibilidade de semear um discórdia e perguntou ao professor de karatê se num desafio contra o jiu-jitsu, o caratê seria capaz de vencer! O Prof. Paulo disse que sim e completou: "Vamos arrebentar o jiu-jitsu". Tomando conhecimento, a familia Gracie entendeu que um desafio havia sido lançado e que deveriam provar o que disseram!! Então, o Ginásio do Clube Olimpico, recebeu lutadores de jiu-jitsu e karatê para enfrentarem-se. Rolls Gracie era o escolhido para fazer a luta principal do evento contra o tal professor que havia questionado a eficiência da arte suave. Para resumir a história, todos os lutadores de jiu-jitsu venceram suas lutas! Rolls enfrentou Paulo e não deu a menor chance; derrubou , pegou as costas e venceu o adversário com facilidade. Este foi o único combate de vale tudo realizado por Rolls Gracie.

@marcmagapi




segunda-feira, 22 de julho de 2013

Brigas Anos 90: Crézio de Souza vs Mestre Richard


Essa história faz uns 20 anos. Um professor de caratê, bem conhecido em Petrópolis, na região serrana do Rio (Mestre Richard), estava numa festa noturna, lá mesmo em Petrópolis e viu o faixa preta de jiu-jitsu, Crézio de Souza. Eu não sei se o motivo foi apenas uma rivalidade entre artes marciais, porém a verdade é que o Richard deu um soco na cara do Crézio que foi contido logo em seguida, pois a casa noturna estava cheia. Nem deram tempo dele revidar o ataque!! Dias depois os dois acertaram uma briga em um terreno sem uso, lá mesmo em Petrópolis. Tanto o Crézio como o Richard foram acompanhados por três alunos graduados, cada um. A briga começou com o Richard tentando alguns chutes no Crézio, mas o Crézio bloqueou bem, até que o Crézio achou a distância e conseguiu cinturar o Richard e derrubá-lo; na sequência o Crézio montou e foi estrangulando o Richard, que ao tentar defender o estrangulamento deixou o braço e o Crézio rapidamente partiu para o armlock e só parou quando ouviu o grito do Richard (Crézio quebrou o braço do Richard) e com isso acabou a briga. Para não ficar por baixo o carateca disse pra todo mundo que tinha quebrado o braço ao levar uma queda no banheiro de sua casa...

Por: Marc Magapi

@marcmagapi



segunda-feira, 1 de julho de 2013

Takeushi San: "Jiu-Jitsu no... Jiu-Jitsu no"


Vou te contar uma do Takeushi, você não faz idéia do que era um curso de engenharia na PUC (RJ), lá pelos idos anos 70! Eram 8 horas de aula por dia e eu tinha que fazer 2 semestres de Ed. Física! Eu praticava remo e treinava jiu-jitsu. Tinha umas aulas de futebol, vôlei e basquete, que eram os cursos oferecidos, e "karate com Takeushi". Eu era um garoto  muito franco fui lá e expliquei minha situação para o "japa". Ele falou para mim que se eu aprendesse a fazer um "kata" ele me aprovaria ao final do semestre. Puxa, eram só uns movimentos que eu vi os caras fazendo; então topei e lhe perguntei se pudia usar o kimono de jiu-jitsu; e o Takeushi disse: Ok, menos a faixa! Então, arrumei uma faixa branca e fui no primeiro treino! Eu fiquei de par com um faixa-roxa e começamos uma simulação de socos! O sacana me acertou um soco no abdomen... "Eu baianei o cara, passei a guarda e montei". O Takeushi gritando: "Jiu-Jitsu no... Jiu-Jitsu no...". O armlock encaixado... e o "japa" em cima de mim..."calma, calma". Ficamos amigos e treinava com ele na casa do Pitanguy ali perto da PUC, na Gávea. Ele dava aula pro cara!! Ahhh, e ele me reprovou no Kata!!! 

Por: Alvaro Miragaia

@marcmagapi



segunda-feira, 17 de junho de 2013

Tadashi Takeushi - Ao mestre com carinho!!


Sobre Tadashi Takeushi, pouca gente sabe - porque ficou restrito ao meio do karate - talvez você saiba, e dou essa palhinha para nossos meninos: Só veio para o Brasil por causa do Jiu-Jitsu.
Quando Carlson e Rolls foram até a academia do Tanaka propor o desafio, houve aquela tensão pois Tanaka mesmo franzino disse que fecharia a academia ali mesmo e só sairia um vivo dali. Carlson e Rolls ficaram meio sem jeito, pois acredito que não era essa a intenção, e se retiraram deixando Tanaka em paz.
Ocorre que Tanaka avisou a Japan Karate Association - JKA do ocorrido, dizendo que a JKA tinha que mandar alguém ao Rio para fazer frente aos desafios do Jiu Jitsu.
A JKA enviou ao Brasil Tadashi Takeuchi 6° Dan, com 30 anos, também faixa preta de Judo , invicto em combates e bom de luta até para os padrões japoneses. Takeuchi abriu sua academia em Copacabana, há uns 500 metros da academia Gracie e apesar de ser visitado para verem sua aula por vários professores de JJ, jamais foi desafiado, muito pelo contrario. Rolls Gracie acabou dando uns treinos com Fernando Soares (da mítica seleção de 1972), sócio de Takeuchi, alguns anos mais tarde se preparando para uma luta com Mestre Kim, que nunca houve.
Inácio, que ganhou de Bruce Lúcio do Kung Fu, no desafio do Maracanazinho em poucos segundos, pensou até em desistir de tanto que apanhou de Fernando Athayde, melhor aluno do Takeuchi nos treinamentos. Se o Jiu-Jitsu não era a disneylândia, posso afirmar com a propriedade de quem teve dedos e nariz fraturados em treinos e lutas, que o velho karate do Rio, de antes da era Van Damme com seus pulinhos e helicópteros, era dureza, dureza mesmo!
Para que vocês tenham uma idéia, os exames de faixa-preta também eram fechados e muitos eram reprovados no exame. Após o meu exame de faixa-preta, que teve a presença de Sadamu Uriu e Tanaka, além do meu então Mestre, Teruo Furusho, e mais três faixas-pretas da Federação, fiquei muitos dias machucado, rosto inchado e mãos destruídas...
Depois de 10 anos no RJ, Takeuchi voltou ao Japão aonde morou, até falecer em 2007. Com um temperamento terrível, pois brigava com todo mundo, Takeuchi mesmo assim é idolatrado por todos que foram seus alunos e respeitadíssimo a nível mundial. 
Grande abraço a todos e bom treino! 

Por: Lawyer 

@marcmagapi


sábado, 15 de junho de 2013

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Confusão em 2013: Anderson Silva e Pele Landi em Curitiba



A polêmica entre Pele Landi e seu ex-companheiro de Chute-Boxe, Anderson Silva, iniciada logo depois que o campeão do UFC lançou seu livro com revelações bombásticas, teve mais um capítulo ontem nas ruas de Curitiba.
Anderson, que enfrenta Chris Weidman no UFC 162 (6 de Julho em Las Vegas), corria na companhia de um amigo quando Pelé, que passava de carro pelo local, viu o desafeto e resolveu retornar para tirar satisfações sobre os relatos dados sobre ele no livro. De acordo com testemunhas, os dois só não chegaram às vias de fato porque o amigo de Anderson não teria deixado.
“Eu o vi correndo na canaleta do expresso (faixa exclusiva para ônibús), dei a volta e o intimei para lutarmos. Ele disse que lutaria, mas logo apareceu um carro cheio de seguranças dizendo que não haveria luta nenhuma. O Anderson começou a gritar me chamando de maloqueiro! Eu também o xinguei bastante e disse que ele era campeão lá fora e que em Curitiba ele não era nada! Ele sempre me desafiou, eu aceitei e o venci duas vezes, agora sou eu que o estou desafiando. Desejo pra ele vida longa com o cinturão do UFC que dá tanto orgulho a todos os curitibanos, mas acho que devemos isso a Curitiba: Anderson vs Pele - Parte 3: Quem sabe num UFC em Curitiba”, disse Pelé, hoje de tarde ao site www.portaldovaletudo.com.br.
Anderson, que está treinando em Curitiba, não foi encontrado pela equipe do site, para comentar o fato.
Apesar de serem rivais nos anos 90 quando lutaram duas vezes nas regras do Muay Thai (com duas vitórias por pontos para Pele Landi), Anderson Silva, aluno de Mestre Noguchi, foi absorvido pela equipe Chute Boxe e passou a disputar com Pelé o lugar de número 1 da categoria, na equipe. Os dois sempre mantiveram a rivalidade nos ringues da Chute Boxe. Depois que se tornou campeão do UFC, Anderson chegou a ajudar Pelé em seus treinamentos e, segundo o campeão revela aos amigos nos bastidores, até financeiramente. O desentendimento entre os dois teria ocorrido após Pele Landi ler a versão dada pelo campeão do UFC sobre um episódio no qual teria dado um banho em Anderson e sua filha ao passar de carro em uma poça de água. Logo após ler o livro, Pelé garantiu que a história não seria verdadeira, mas Anderson a confirmou reiteradas vezes!! 
Já,  Pelé Landi é apontado pelo próprio criador da Chute Boxe como o principal responsável pelo reconhecimento nacional da equipe a partir dos anos 90. Nascido em Cuba e criado em Curitiba, Pelé venceu duas vezes o grande nome do Jiu-Jitsu na época, Jorge Patino Macaco e chegou a ser considerado o número 1 do mundo em sua categoria após nocautear em eventos internacionais os renomados Pat Miletich e Matt Hughes (ambos chegaram a ser campeões do UFC). Após lançar o nome da Chute Boxe internacionalmente, Pelé abriu caminho para Wanderlei Silva no Japão e posteriormente Anderson Silva e Mauricio Shogun.


@marcmagapi




quarta-feira, 22 de maio de 2013

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Robson Gracie vs Arthur Emídio




Róbson Gracie x Arthur Emídio

...Arthur Emídio só queria saber de capoeira. Tentei arrumar-lhe emprego, recusou. Era um artista, era um bailarino, era um matador. Não iria prostituir-se à toa em escritórios e balcões, tinha o seu ofício, a sua arte, o seu gênio.
– Está bem – eu lhe disse. – Vou lhe apresentar ao Hélio Gracie.
Os olhos de Emídio faiscaram como as pedras lisas do Rio Cachoeira sob os raios de sol.
– Você jura? O Gracie? O grande Gracie? O campeão do vale-tudo?
– Em pessoa.
– Você se dá mesmo com ele?
– Assim. Unha e carne. Ele me chama de Baiano. É Baiano pra cá...
– Ah.
Mas não foi fácil, a praça estava cheia de espertalhões, de falsos lutadores, de capoeiras que se dariam melhor em capoeiras de galinhas do que em ringues de tábuas duras, sem tatame, sem proteção atrás das cordas, ringues improvisados em barracões, ringues que pareciam montados no meio de um circo mambembe de praça de subúrbio.
– Olhe aqui, Baiano, nada feito – me disse Hélio Gracie.
– Mas campeão...
– Desculpe, Baiano, mas esses nordestinos são frouxos.
Às vezes têm físico, têm força e raça, mas não sabem dar um golpe, ignoram a técnica.
– O Emídio é diferente.
– Querem aparecer à nossa custa, ganhar uns trocados.
Esse negócio de capoeira é folclore baiano.
– Campeão, eu só lhe peço uma oportunidade para o Emídio.
– Oportunidade? Sem um teste na minha Academia ele não decola, não fatura nem pra média-com-pão-e-manteiga.
– Pois é o que eu quero, campeão. Uma exibição particular na Academia que é pro Emídio mostrar o seu valor.
O Hélio Gracie gostava de mim, marcou a exibição sem o menor entusiasmo, queria me ser agradável e olhe lá. O meu cartaz com ele era grande, mas confesso que tive de apelar para o meu amigo dentista, o Jaime, a quem ele não recusava favores. Consentiu, porém com uma condição:
– O teste é comigo mesmo.
Uma honra inesperada para Arthur Emídio, que conhecia de cor e salteado a fama de Hélio Gracie e que não cessava de contar a luta Gracie versus Kimura: o japonês meteu-lhe uma chave-de-braço que, se fosse levada até o fim, tirava tutano, deixava o osso exposto, mas o Gracie não bateu pedindo penico. Pois saibam, o Arthur Emídio não me decepcionou. Melhor dizendo, abafou, roubou o espetáculo, assombrou o pessoal que esperava uma luta-treino de vinte ou trinta segundos com o Gracie triunfante e o baiano estatelado no chão. O jogo de Emídio era bonito: dançava, gingava, saltava, parecia esgrimir, suas esquivanças eram de espadachim ou de toureiro, sacudia as pernas de cabeça para baixo, apoiando-se no chão com as palmas das mãos, os pés pareciam amassar a cara de Gracie, mas Emídio freava a tempo o ímpeto, fazia-os recuar frações de polegada ou passar rente ao rosto encovado e ardente do mestre do vale-tudo. Ensaiou martelos, ensaiou rabos-de-arraia, mostrou que sabia bailar para bater, mas ficou na simulação, no simulacro, no meio do caminho, assim como quem não quer, mas vai chegando e prova que se for preciso ele completa a rasteira, aplica o martelo sem dó nem piedade, faz a armada-de-peito, não fica apenas no gesto e na intenção. Os dois de quimono movendo-se um ao redor do outro, o Hélio testando, oferecendo brechas, o Emídio se excedendo nos seus lances de ousadia.
– Este menino é bom – confirmou Hélio Gracie, enquanto enxugava com a manga larga do quimono o suor do rosto.
E a luta foi marcada. A Academia Gracie encontrava enfim um rival digno para um dos seus alunos: Arthur Emídio, capoeira baiano, versus Robson Gracie, o mais baixinho, porém, o mais troncudo e o de temperamento mais orgulhoso, um rapaz taciturno, filho de Carlos, sobrinho de Hélio. Chamaram o Carlos Renato (cronista), o jornal Última Hora vendeu durante uma semana inteira, com chamadas na primeira página, entrevistas e artigos, "A Luta do Ano", "A Capoeira versus Jiu-Jitsu em Combate Mortal no Palácio de Alumínio", compre o seu ingresso antes que se esgote nas mãos dos cambistas. Eu era o manager de Arthur Emídio. Manager e treinador. Só que se dizia "toalhinha" na época. Numa luta dessas o estado emocional conta muito, é meio caminho andado, por isso larguei o meu consultório por alguns dias, tratei de preparar o meu amigo e conterrâneo, Arthur Emídio no plano físico e no plano psicológico.
– Arthur, e se o Robson tentar lhe aplicar uma tesoura...
– Tem problema não, Zito. Eu me esquivo com um salto e respondo com um martelo fulminante.
Mestre Bimba lhe tinha ensinado o golpe. É, o baiano estava preparado. Fui adquirindo confiança, anunciei a luta, convidei amigos, arrastei pequenas multidões, os jornais fizeram o resto. O jornal "A Luta Democrática" lascou um manchetaço no dia da luta: "Hoje tem sangue no ringue". Seu concorrente,o jornal, O Dia, mais comedido, onde pontificava Santa Cruz Lima com sua cabeleira branca, falou em "Vale-Tudo da Selvageria", garantindo que o capoeira baiano e o representante da Academia Gracie iam entrar no ringue para bater de verdade, um dos dois podia sair carregado. Um coronel da Aeronáutica quis proibir a Luta do Ano, o cronista Carlos Renato lembrou a época dos ringues na Av. Passos e na Gávea, quando muitos lutadores, os mais felizes, saíam cegos ou com braços e pernas quebrados, fraturas expostas. Os amigos me perguntavam alvoroçados:
– O capoeira é bom mesmo, Zito?
– É o maior da Bahia e o maior do Brasil.
– Foi ele que desafiou Róbson?
– Não leu os jornais? Vai ser mole. Ele quase acaba com o Hélio Gracie na Academia.
– O Hélio Gracie? – e eles arregalavam os olhos.
Chegou o dia. Emídio garantiu em entrevistas que o Robson levaria um martelo no peito, assim que ficassem frente a frente no ringue, "e aí eu elimino ele". Washington Kruschewsky Sá, que estudava para advogado, ponderou em voz escandalizada: "Mas aí você pode matá-lo, pode ser processado!" Arthur Emídio sorriu. "Não quero matar ninguém. Vou bater só pra aleijar". Manuel Leal de Oliveira, mais prevenido, consultou uma baiana que jogava búzios nos Arcos da Lapa, ali na altura da Mem de Sá. "A luta será decidida numa fração de segundo", disse a baiana, lendo a mensagem esparramada nos búzios. Mesmo assim Manuel Leal não parou o dia inteiro de repuxar um fio do canto do bigode. Na semana seguinte, me contaram que um macumbeiro foi à tarde ao Palácio de Alumínio. Chamado por quem? Eu é que não fui. Chegou, olhou, fez as suas mandingas, as suas invocações, e "grudou" o ringue para logo mais à noite. O jornalismo esportivo do Rio começou a chegar, os trens desciam sem pingentes para os subúrbios, mas em compensação chegavam apinhados à Central. O Palácio de Alumínio, cheio de ambulantes que vendiam churrasco de carne de gato, pedaços de melancia e rodelas de abacaxi, pipocas e sanduíches de mortadela, parecia uma festiva estação ferroviária à espera do comboio com o presidente da República. O Palácio brilhava dentro da noite, era um Coliseu terceiro-mundista engolindo gente por todas as güelas, gente que ia pedir a morte do gladiador vencido.
Entramos no Palácio de Alumínio e eu levei o maior susto da minha vida, sentindo o coração murchar dentro do peito, um frio no pé da barriga, uma pressão doida na nuca. Era a sensação típica do sujeito que passa a vida numa das últimas filas de cadeiras do teatro, a observar o drama ou a comédia, a ver o filme, a se excitar com o rebolado da Virgínia Lane ou da Nélia Paula, e de repente se vê empurrado para o palco, tem diante de si um mar de rostos, os rostos das primeiras filas são os únicos visíveis, os outros formam indistinta e ondulante maré, e no entanto todos os rostos das primeiras filas são os únicos visíveis, os outros formam indistinta e ondulante maré, e no entanto todos olham para a gente, seguem nossos movimentos, nossos menores gestos, esperam o que vamos dizer. Luzes jorravam em cima de mim, eu, o "toalhinha" de Arthur Emídio, eu, o treinador do capoeira baiano que ia enfrentar o temível Robson Gracie, o pessoal da Academia sentado em cadeiras especiais do circo ou ali mesmo, num canto do ringue, o Arthur despindo o quimono, esgalgo moleque nas margens do Rio Cachoeira, cintura fina e músculos tensos, sorriso radiante, ah, o sorriso largo, os dentes alvos, ele está deslumbrado, pensei, é a sua primeira oportunidade, os flashes dos fotógrafos estouram, amanhã ele estará nas primeiras páginas, uma câmera de tv já foi assestada, Robson é mesmo baixo, porém muito grosso de tronco e de pernas e tem a cara fechada, uma cara de quem sente raiva, um jeito soturno de animal ferido, o juiz chama os lutadores para o centro, a multidão silencia, uma fração de tempo, dois segundos, três segundos, nem sei mais, Arthur Emídio ainda sorria, o Palácio de Alumínio era um Anhembi, um Maracanã, naquele dia de Vasco x Flamengo! Durou pouco, quem sabe foi mesmo uma fração de segundo, o pequeno Robson, que tinha sangue quente, pegou Arthur Emídio pelos ombros, rodou Arthur Emídio no meio do ringue e o estrangulou por trás, o rapaz ainda não tinha malícia, era ainda um ingênuo, ainda um deslumbrado, caiu nas tábuas com um baque que todos ouviram no Palácio e então Robson Gracie, cheio de raiva, quebrou-lhe os dentes a pontapés e eu bati encerrando a luta, joguei fora a toalha, a multidão berrava "baiano frouxo", eu gritei para o Jaime (meu amigo) "vou embora, você cuide do Arthur", a multidão vaiava "baiano viado", só me lembro que saí correndo, todos os meus amigos estavam ali, o mulherio de Copacabana, moças lindas, gritavam o nome de Robson, tive a certeza que uma meia-dúzia de homens queria me pegar.



Twitter: @marcmagapi



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Blog do Magapi completa 1 ano !!!




Olá amigos, hoje o nosso blog completa um aninho de vida na certeza de que ajudou a contar e resguardar parte das histórias e videos do underground do vale tudo e jiu-jitsu. Como dizia o Jorge "Guimarães" Joinha no "Passando a Guarda" do Sportv, "A luta continua e está longe de acabar", até porque ainda existem muitas histórias a serem contadas!! Obrigado à todos, que já estiveram por aqui, apenas visitando ou contribuindo de alguma outra forma. Nunca se esqueçam que no Blog do Magapi, sempre vai voar sangue pra todo lado...

Por: Marc Magapi

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Minotauro: O altruista



Minotauro: O altruista

Sem ao menos conhecer o lutador Antônio Pezão, Minota o ajudou. O gesto altruísta mudou a história da família de Pezão, que hoje chama o Minotauro de “padrinho”. Mesmo treinando na American Top Team, Bigfoot se sente parte da família Team Nogueira. Ele chegou a anunciar que treinaria na Blackzilians, mas pouco tempo depois, após a chegada de Alistair Overeem no time, Pezão anunciou a sua saída, pois na época o “The Reem” enfrentaria Junior Cigano no UFC 146, e com isso, o Pezão não queria treinar com o cara que enfrentaria outro membro da família Team Nogueira.

Falando em Junior Cigano, ele foi mais um lutador ajudado pela lenda. A ajuda ao Cigano não foi tanto pelo lado financeiro, mas Minotauro o ajudou a sair do anonimato. No último treino de sparring que o Cigano fez antes de sua luta contra Fabricio Werdum, ele fez 2 rounds contra o Minotauro e dois rounds contra o Minotouro. Segundo o Cigano, os irmãos Nogueira fizeram ele sentir na pele o que é lutar contra os tops, e assim, trouxeram o Cigano para um novo nível de competição. Nas palavras do Cigano, “ele é como aquele irmão mais velho, que cuida e ajuda”.

Rafael Feijão também não tinha problemas financeiros. Ele treinava jiu jitsu desde os 10 anos de idade e sonhava em ser um grande lutador de MMA. Minotauro foi em Cuiabá assistir uma luta de boxe do Lino Barros e queria dar uma treinada no seu jiu jitsu enquanto estivesse na cidade, e então, perguntou para uma amiga se ela conhecia alguém que treinasse jiu jistu por lá. Ela deu o telefone do Feijão pro Minotauro e eles fizeram um treino sem kimono juntos. Detalhe: Segundo o Feijão, faziam uns 4 anos que o Feijão não sabia o que era ser finalizado e o Minota finalizou ele duas vezes no treino. Mesmo assim, o Mr. Nogueira gostou do que viu, e depois de uma outra oportunidade onde eles treinaram juntos mais quatro dias em São Paulo, Minotauro convidou o Feijão para treinar no Rio de Janeiro, na Team Nogueira. Como o Feijão fazia faculdade e morava em Cuiabá, seu pai não queria permitir que ele viesse ao Rio de Janeiro. Três dias depois, o Minotauro foi em Cuiabá para pedir a permissão do pai do Feijão pra que ele viesse treinar no Rio, garantindo que cuidaria de seu filho. O pedido foi atendido e hoje Feijão luta em alto nível e chegou a ser campeão meio pesado do estinto, Strikeforce.

Outro exemplo clássico é do Anderson Silva, considerado por muitos, o melhor lutador da atualidade. O campeão chegou a desanimar da carreira de lutador e queria se aposentar e abrir um lava jato em Curitiba. Minotauro contou a história para o Sportv.com, dizendo: “Ele disse que estava meio paradão e queria fazer outras coisas, abrir um negócio dele lá em Curitiba e precisava de uns R$ 30 mil. Falei: “Anderson, não desfoca não!”. O Minotauro não emprestou os 30 mil, mas motivou o Anderson a continuar a carreira de lutador e se tornar o grande lutador que é, e atualmente, 30 mil reais são como uma esmola para o campeão.

Angela Côrtes, fisioterapeuta do Minotauro, também é uma grande admiradora da lenda. Cada vitória do Minota são rios de lágrimas para ela e Anderson Silva.

Quem acompanhou o The Ultimate Fighter 8, temporada do reality show do UFC, na qual o Minotauro foi treinador, percebeu que o Minota era um técnico muito preocupado com os seus lutadores. Gostaria de usar as palavras de Riley Kontek, colunista da página Bleacher Report, sobre o desempenho do treinador Minotauro no TUF 8:

“Se há um cara que interveio com problemas e estava constantemente envolvido com as vidas de seus lutadores, Antonio Rodrigo Nogueira é esse cara. (…) Nogueira era como um pai preocupado (…). Ele tentou resolver os problemas dentro da casa e se esforçou para assegurar que seus alunos fariam o melhor trabalho possível.”

É possível que ainda existam outras belas histórias que ainda não conhecemos. Antônio Rodrigo Nogueira é digno de toda admiração que recebe dos fãs. Não só por tudo o que fez em sua carreira, mas também pela pessoa que é. O MMA certamente não seria a mesma coisa sem ele.

Texto originário do site: ImperioMMA

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sábado, 4 de maio de 2013

Klitschko & Mayweather: Hoje tem boxe sim senhor !!!


Será realizado, hoje em Baden-Wurttemberg, na Alemanha, mais uma luta válida pelo título mundial dos pesos-pesados! o super campeão Wladimir Klitschko, que em 62 lutas venceu 59, sendo 50 por nocaute terá pela frente o italiano Francesco Pianeta, que em 29 lutas nunca perdeu. As "emissoras net" , que vão transmitir o evento são: Germany RTL, Denmark TV 3, Sport 2, Russia TV 2, Norway Viasat Sport, Sweden TV 10, Poland Orange Sport

Também, hoje, mas em Las Vegas, nos Estados Unidos, o multi campeão, Floyd Mayweather Jr. de 36 anos, colocará seu título e sua invencibilidade de 43 lutas a prova; contra o californiano, Robert Guerrero, que em 33 lutas só perdeu uma. As "emissoras net", que vão transmitir o evento são: USA Showtime, Panama RPC Channel 4, Australia Main Event

Aqui no Brasil a ESPN, transmitira a luta de Klitschko vc Pineta a partir das 18:00h e o canal Sportv transmitira a luta Mayweather vs Guerrero a partir das 22:45h.


Por: Marc Magapi

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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Rickson Gracie Documentary from Japan. Rare.


Esse pequeno documentário (16 min.) apresentado por uma tv japonesa é bem legal, pois mostra o Rickson em várias situações, como por exemplo: Rickson treinando para uma competição, Rickson ensinando jiu-jitsu e mostrando posições. Rickson mostrando o conteudo da geladeira da sua casa; Rickson surfando na Califórnia; Rickson fazendo compras no Supermercado; Rickson preparando um churrasco de domingo e sendo finalizado e finalizando a sua familia em um momento de descontração!!




Por: Marc Magapi

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domingo, 28 de abril de 2013

UFC Urgente: Ronda Rousey vs Chael Sonnen




Na MagapiBet.com Ronda Rousey está pagando 2.25 para cada real apostado na sua vitória e Chael Sonnen está pagando 5.75 para cada real apostado na vitória dele.

Por: Marc Magapi




quarta-feira, 24 de abril de 2013

segunda-feira, 22 de abril de 2013



Rickson Gracie - "O jiu-jitsu no vale tudo" 


O tempo passa o tempo voa, mas nunca se deixa de falar e questionar algo relacionado a Rickson Gracie. 
Por vezes ele parece uma personagem de desenho animado (aqueles heróis invencíveis), mas nem é culpa dele, é culpa 
dos japoneses que tem mania de endeusá-lo ao invés de torcer e admirá-lo. 
Eu já tive a oportunidade de assistir algumas lutas do Rickson de quimono, bem antigas, quando ele devia ter uns 25 ou 26 anos, as imagens de baixa qualidade, contrastavam com o jiu-jitsu de alta qualidade mostrado por ele. Era algo incomum, se comparado ao que temos visto nos 
principais campeonatos de jiu-jitsu atualmente. Traçando em poucas palavras o estilo de Rickson Gracie no jiu-jitsu eu diria: Alto nível de 
concentração aliado a mais perfeita mistura de força e técnica que já vi no jiu-jitsu. Rickson lutava nesses campeonatos da seguinte 
maneira: "O objetivo é finalizar seu adversário". Por algumas vezes vi lutadores o derrubando, até passando sua guarda, mas 
eis que num movimento, sempre bem calculado, Rickson mudava a posição e já estava novamente dominando a luta. 
Num seminário realizado em Chicago, no início da década de 90, eu vi Rickson, até mesmo tomar uma montada de um lutador, mas conseguiu reverter a posição e finalizá-lo; nunca ví o Rickson fazer um movimento sequer de explosão, nunca vi mesmo, era tudo no tempo certo, usando a quantidade de energia adequada para cada sequência do combate. Luta no estilo submission? Não me lembro de tê-lo visto lutar, mas no vale tudo quero dizer o seguinte: Antes de mais nada é importante falar algo sobre a importância deste lutador para a explosão do vale tudo no Oriente. Rickson fez no Japão, o mesmo trabalho que Royce fez nos Estados Unidos. Foram eles os "escolhidos" desta família, para chamar a atenção na América e na Ásia para a eficiência do jiu-jitsu. Rickson Gracie, ao 
lado de seu irmão Royce, foi o maior promotor do jiu-jitsu no mundo, utilizando para isso as lutas de vale tudo. Os adversários, principalmente os primeiros, eram leigos em jiu-jitsu. A exceção de Yoshinori Nishi e Yuki Nakai, que demonstraram conhecer um pouco das técnicas de luta de solo, aos demais restou a surpresa de ver um adversário bem mais leve os vencendo.  Rickson venceu todas as lutas oficiais de que participou até hoje no Vale Tudo. No seu combate mais recente (maio de 2000), Rickson Gracie enfrentou Masakatsu Funaki, que vinha com boas credenciais: Fundador do estilo Pancrase, vitória sobre os irmãos Shamrock, Bas Rutten e um 
empate numa luta contra o brasileiro Ebenezer Braga. Olha, eu até me animei na época, pois ví em Funaki o homem que poderia finalmente testar a verdadeira capacidade de Rickson no Vale Tudo, porém foi lamentável ver o japonês dar as costas para Rickson após tomar a montada do brasileiro. Bom, aí foi fácil, né? O Rickson encaixou um mata-leão e venceu a luta. Funaki era tão leigo em luta de solo, que além de dar as costas após tomar uma montada, não bateu, assinalando desistência, quando Rickson encaixou o golpe!! 
Bom, aí eu fiquei meio "cabrero"!! Pô, o cara ganha do Bas Rutten, empata com o Ebenezer, ganha do Ken e do Frank Shamnrock sem saber luta de chão??? Lá fui eu investigar como foram conquistadas as vitórias de Funaki sobre os referidos lutadores. Qual não foi a minha surpresa, quando encontrei entre as vitórias contra os Shamnrock, uma "chave de dedo"!!! Não eu não tô de gozação não, 
eu disse "CHAVE DE DEDO" (ele torceu o dedo de Frank Shamnrock para vencê-lo e fez o mesmo contra Bas Rutten). Descobri sobre Ken Shamnrock, que ele realmente havia sido derrotado por Funaki com um estrangulamento, mas descobrí também que o Ken Shamnrock venceu Funaki duas vezes, depois disso. A luta contra Ebenezer Braga desenvolveu-se toda em pé. As comparações não poderiam ser válidas para determinar quão bom era Funaki, mas vale lembrar, que Jason DeLuccia o venceu em 1 minuto, com uma chave de joelho reta (DeLuccia é aquele que teve o braço quebrado quando tomou um armlock de Royce no Ultimate Fighting, lembram?). Bem, voltando ao Rickson, o que realmente quero abordar é que apesar de nunca ter sido testado realmente no Vale Tudo contra um grande adversário, posso dizer que pelo que já vi, ao Rickson falta conhecimento de luta de trocação. Por pouco Funaki não acertou um golpe que poderia ser definitivo no rosto de Rickson, logo no início daquela luta. Rickson é um lutador incompleto para o Vale Tudo, não foi humilde o suficiente para reconhecer que era necessário aprender ao menos um pouco de boxe, kickboxing, muay-thai ou outra luta de trocação, para acrescentar conhecimento e poder enfrentar lutadores de maior expressão no Vale Tudo. Não esperem que um dia aconteça uma luta de Rickson contra um bom lutador de Vale Tudo, ele nem está nesse esporte com essa finalidade! Devemos entender que Rickson assim como Royce está no vale tudo para mostrar a eficiência do jiu-jtsu quando confrontado com outras artes marciais. 
Olha, bem disse, o Prof. Hélio Gracie num de seus muitos momentos de sabedoria... "Eu acho que meus filhos não deveriam mais fazer esses tipos de luta, afinal de contas, agora todos já sabem e praticam ao menos o básico do jiu-jitsu em todas as lutas de vale tudo que são realizadas" 
Eu admiro muito o Rickson, pois além de ser o melhor lutador de chão que já vi, é um ótimo exemplo para os mais jovens, ele não bebe, não fuma, não usa drogas, tem uma alimentação muito saudável e mesmo prestes a completar 43 anos (completará em 21 de novembro de 2002) mantém uma forma física invejável. Gosto de vê-lo lutar, pois existe sempre uma atmosfera diferente quando este moço entra no ringue e além disso a audiência vai às alturas, popularizando cada vez mais o jiu-jitsu!!!

Por: Marc Magapi (A onze anos atrás...direto do túnel do tempo)


segunda-feira, 8 de abril de 2013



Corra que a policia vem ai: Hélio Gracie vs Fred Ebert

“Após lutar contra Antonio Portugal e Takashi Namiki, Hélio Gracie enfrentou o gigante Fred Ebert, que tinha no seu currículo mais de 600 lutas e um empate contra o campeão mundial de luta – livre Jim London. Hélio tinha apenas 60 Kg e ainda por cima lutou com um enorme furúnculo no pescoço. Após 1 hora e 50 minutos de luta a polícia apareceu no ginásio e interrompeu a luta. “Havia uma lei que proibia que qualquer espetáculo público continuasse sendo realizado após as 2 horas da manhã” Hélio levava vantagem na luta e arrancava aplausos do público a cada soco que desferia no rosto do americano que pesava 38 kg a mais que Hélio. O saldo foi bem negativo para Fred Ebert, que precisou ir direto para o hospital após a luta”

Extraído da Revista Gracie Magazine

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sexta-feira, 29 de março de 2013

Adam Cella vs Jon Jones: O campeão foi finalizado!!!


O treino era informal, mas Jon Jones apostou uma grana como não seria finalizado pelo seu pupilo Adam Cella, mas teve que colocar a mão no bolso ao final do combate... Veja:




segunda-feira, 25 de março de 2013

MagaFrases - Parte 2



"Na minha família, o cara já nasce famoso" - Rorion Gracie, no programa Passando a Guarda da Sportv - Net



"Foi uma piada! Cada minuto parecia uma eternidade em minhas vãs tentativas...e minha frustração aumentava cada vez que eu colocava todos os meus oito anos de prática nas artes marciais para tentar "pegá-lo" e não conseguia" - Stan Riker, sobre seu treinamento com Bruce Lee



"Vou morrer velho, cagando nas calças, mas sabendo o que eu fui. Tomando ou dando porrada" - Renzo Gracie, na revista Gracie Magazine 43



"Na hora do treino, o instrutor mandou: "Fecha as janelas e desliga os ventiladores". Foi aí que descobrí que Campeonato Mundial é coisa séria" - Kid Pelligro (Editor do site Adcombat) sobre sua primeira participação num treinamento para o campeonato mundial de jiu-jitsu



"Quero que ele me vença, sem usar um golpe de jiu-jitsu" - Hélio Gracie, desafiando Sakuraba



"Se der uma cuia com farinha e um pedaço de rapadura, "isso aí" luta três dias sem parar" - Róbson Gracie, exaltando as qualidades de Marcelo Tigre



"Vou surrá-lo o tempo todo e ainda vou conversar com ele durante a luta. Vou fazer assim...vejam..." -Mohammed Ali, dando petelecos em um macaco de plástico, dizendo se tratar de Joe Frazier



"Terceiro lugar só é bom para quem não tem chance de ser campeão" - Rodrigo Comprido - Revista Tatame 34



"Se não tivesse me machucado, eu o finalizaria com um estrangulamento- Kazushi Sakuraba após perder pela Segunda vez para Vanderlei Silva



"Tava com tanto gás, que nem sentei para descansar entre um round e outro" - Rodrigo Minotauro após conquistar o título de "King of the Rings"



"Então ouví meu pai dizendo: Morde a orelha dele, isso é vale tudo...Aí, eu fui lá e mordí mesmo, né? - Ryan Gracie em entrevista à tv japonesa um dia antes do Pride 14



 "Esse lutador aí "É bão, muito bão"!!! - Zulú após ser derrotado por Enson Inoue em 97



"Minha defesa e ataque nunca foram postos à prova contra ninguém do jiu-jitsu. É hora de fazermos este teste" - Royce Gracie, antes de enfrentar Wallid Ismail em 98



 "Wallid Ismaill aparece mais na mídia, quando não luta" - Marc Magapi, em sua coluna no site Portal do Vale Tudo



 "Se tirar as garras e os dentes de um leão, eu luto com o rei das selvas- Vítor Belfort "surtando" na Casa dos Artistas



"Puxei barba dele e disse: Vou mostrar que com toda essa barba aí, você é viado" - Hélio Gracie desafiando um lutador para uma briga




Por: Marc Magapi


segunda-feira, 4 de março de 2013


Luz, câmera, ação: TV Ringue Torre está no ar!!

A TV Ringue Torre nada mais era que uma noitada de vale tudo, que acontecia , em Recife, na década de 60; e com certeza, muito do que se vê por ai nos dias de hoje se deve aqueles homens que mesmo ganhando bolsas minúsculas jamais deixaram de acreditar no seus sonhos. A Ringue Torre foi a precursora disso que hoje se costuma chamar de "croos trainning"! Era visível que a maior parte dos lutadores socavam, chutavam e faziam luta de chão. A TV Ringue Torre não era uma novidade já que outras praças, como Rio e São Paulo também mostravam eventos deste tipo naquela época, mas aonde o "pau comia solto e voava sangue pra todo lado" era lá mesmo! Esse programa foi uma espécie de alerta para o sul e sudeste que "a galera lá de riba" também batia forte!! Lutadores como Euclides Pereira, Ivan Gomes, Indio e Waldemar Santana lutaram várias vezes no TV Ringue Torre; e eu digio várias vezes porque era comum eles lutarem por três ou até quatro vezes, no mesmo mês. 
Um outro detalhe que chamava a atenção nas lutas realizadas no TV Ringue Torre era a proibição de socos de mão fechada; então eles batiam de mão aberta mesmo!!
O evento foi a primeira transmissão ao vivo de TV no Recife. O TV Ringue Torre era transmitido sempre as segundas-feira, no canal 2, da TV Jornal do Recife e durante seis anos (1960 a 1966) fez a alegria dos apaixonados por lutas.

Por: Marc Magapi

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Five seconds: Chuck Norris vs Hélio Gracie (Rio-1981)

No verão de 1981, o ator Chuck Norris veio ao Brasil; e para seguir com a idéia de promover o jiu-jitsu para o exterior, Hélio Gracie, sabendo da presença do ator no Brasil o convidou para fazer um treino de jiu-jitsu na Academia Gracie JJ. Chuck Norris aceitou prontamente o convite apesar de não saber o que era jiu-jitsu, mas por ser um exímio conhecedor de karatê e judô (ele era faixa preta em ambos) não viu nenhum problema em participar do treinamento. Vale lembrar que nesta época a familía Gracie era bem pouco conhecida no cenário internacional do mundo das artes marciais. Bom, a verdade é que Chuck começou treinando com Royce e Rickson e após ser finalizado várias vezes e de todas as formas pelos irmãos Gracie, eles perceberam que Chuck ficou um pouco frustrado com tudo aquilo e decidiram chamar o Mestre Hélio Gracie, na época com 67 anos de idade para que Chuck pudesse ter um pouco mais de "chance" de mostrar alguma habilidade na luta de solo. O que Rickson e Royce não esperavam é que o mestre Hélio fizesse com Chuck Norris, algo pior do que eles já haviam feito e o que se sucedeu, foi que Mestre Hélio disse para Chuck: "Você pode começar montado em mim" . Norris achou estranho, já que Hélio tinha idade para ser seu pai e já começaria numa posição de grande desvantagem, mas a verdade é que as coisas pioraram e muito! Mestre Hélio percebendo que Chuck não conseguia passar a sua guarda, disse para o ator americano: "Punch me, punch (bata em mim)". Chuck achou estranho, relutou um pouco e levantou a mão para bater em Hélio e esse movimento é o último do qual se lembra, já que depois disso, ele só acordou com o Professor Hélio, lhe pedindo desculpas por ter apertado muito o estrangulamento... Chuck foi finalizado por Hélio Gracie com um estrangulamento, dormiu no dojô e isso tudo não levou mais que cinco segundos. Depois dessa aula, Chuck Norris voltou ao USA e começou a treinar o brazilian jiu-jitsu com os irmãos Machado. 
É como eu sempre digo: "Existem duas maneiras de conhecer o jiu-jitsu: Por bem ou por mal"

Por: Marc Magapi 

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


Marcelo Tigre " O incentivador "


O Tigre é um daqueles lutadores que se não existisse teria que ser inventado, porque o cara além de ter um espírito guerreiro do c..., é o lutador mais engraçado que conheço, e esta passagem dele que vou contar agora retrata bem o lado folclórico de Marcelo Tiger.
O cenário desta vez é a Blaisdell Arena no Havaí, o evento, é o Superbrawal 13 e Tigre atrasado como sempre, começava a preocupar seu aluno Lincoln e seus segundos, pois já estava na hora da luta e nada do Marcelo chegar, e olha que ele tinha uma importância muito grande nesse dia, pois como já disse, um dos seus pupílos (Lincoln Tyler - representante do Team Tiger - Havai) lutaria no evento. Bom, para resumir a história, o Tigre não chegou a tempo e o Lincoln entrou para lutar! Ele começou mal no combate, levando a pior mesmo, até que acabou sendo nocauteado pelo adversário, mas como o Tigre sempre diz: "Isso aí é café pequeno...", Lincoln se levantou, continuou no combate, mas seu adversário seguiu dominando as ações. Foi quando chegou ao ginásio, Marcelo Tigre, e quando ainda se ajeitava no canto do córner; viu seu aluno levar uma verdadeira bomba no meio da cara, Lincoln quase caiu, mas foi aí que o "Tigre saiu da jaula"!! Vendo que seu aluno estava em má situação, Tigre já preocupado, percebeu que a única forma de incentivar seu aluno, era apelar para o lado psicológico, então começou a gritar, assim: "Lincolnnnn, Marcelo Tiger is here, Marcelo Tiger is here....Hey, Lincoln, I'm here, I'm here,....Marcelo Tiger is here... Coincidência ou não, Lincoln que vinha muito mal na luta e estava praticamente à mercê de seu adversário, virou a luta, finalizando seu adversário com uma chave de calcanhar que levou o ginásio e seu professor Marcelo Tigre à loucura. Após a luta, Lincoln ainda parecia estar sob algum efeito hipnótico, aponto de Marcelo Tigre pedir pra ele: Relax, relax...

Por: Marc Magapi

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Por: Marc Magapi

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

De Royler para Rickson: Vai cagar? Vai cagar?


Em abril de 1995, estava sendo realizado no Japão o evento de MMA, Japan Vale Tudo Open, e no vestiário de Rickson Gracie, que aguardava ser chamado para o combate final da noite contra o japonês Yuki Nakai, falava-se de estratégia e táticas para vencer o japonês, quando Rickson, virou-se para o Royler e falou bem baixinho: "Preciso ir ao banheiro". O Royler que estava muito tenso e ansioso pelo inicio do combate, virou-se para o Rickson e falou bem alto: "Vai cagar, vai cagar??" O Rickson visivelmente constrangido disse: "Não, não". Na sequência as imagens do documetário "Choke", mostram Rickson e sua entourage procurando o banheiro e já no desespero, Rickson coloca a mão "nas partes baixas", para segurar o xixi que já estava para sair (até rimou...hahaha).



Por: Marc Magapi


                             

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013



Rickson Gracie x Mark Shultz

Em 1994, Rickson esteve na Universidade de Utah visitando o clube de westling do campus e venceu todos que estavam lá. Então sobrou apenas o campeão americano de westling, Mark Shultz (UFC 9), que já estava dando seus primeiros passos no jiu-jitsu pelas mãos de Pedro Sauer (faixa-preta de Rickson Gracie). Eles lutaram por aproximadamente uns 35 minutos. Shultz esteve por cima de Rickson praticamente o tempo todo, chegando a empolgar os presentes, mas após uns 20 minutos, Shultz começou a demonstrar cansaço e Rickson se aproveitou disso e o finalizou com um triângulo, e mais tarde ainda finalizou Shultz mais três vezes. Um dos ilustres presentes era o lutador Tom Erickson, que deu sua declaração sobre o que viu: "Ele não conseguiu finalizar o Rickson, e Rickson sim, conseguiu finalizá-lo. Shultz conseguiu derrubar Rickson levando-o para o chão e Rickson não conseguiu levar o Mark para o chão. Acho que o ponto principal é que Mark quis aprender alguma coisa com Rickson dando um treino com ele, já que Mark está começando a aprender jiu-jitsu, mas acho que Mark escondeu um pouco seu jogo" Pedro Sauer também estava lá e dias depois fez o seguinte comentário: O Mark Shultz ficou praticamente o tempo todo dentro da guarda do Rickson, que teve muita calma pra esperar o momento certo de ir para as costas de Mark (isso aconteceu umas três vezes). Rickson não se preocupou muito com troca de posições e o finalizou com um triângulo da guarda, Mark ficou tão impressionado que passou a treinar jiu-jitsu direto com o Pedro Sauer. Por não saber como finalizar o Rickson estando na guarda, o Shultz ficou segurando o Rickson 90% do tempo, enquanto teve força pra isso foi muito bom, mas quando cansou...

Por: Marc Magapi

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